Fundos de private equity e venture capital com maior equilíbrio entre os gêneros no board têm performance 20% superior, segundo relatório da consultoria Oliver Wyman
maio 28, 2019
As mulheres são minorias nas posições de lideranças dos fundos de private equity e venture capital presentes em mercados emergentes. Segundo levantamento da Oliver Wyman, líder mundial em consultoria e gestão, as profissionais ocupam somente 11% das cadeiras executivas dessas empresas atuantes em economias emergentes da China, Leste e Sul da Ásia e América Latina. Ainda de acordo com o relatório, a presença das mulheres é menor ainda em mercados emergentes do Sul da Ásia, Oriente Médio e Norte da África – MENA (7%) e América Latina (8%). Comparado com outras industrias das regiões, a presença das mulheres é superior e chega a 28%.
O estudo foi realizado junto a 40 administradores acionistas de private equity e venture capital e especialistas em equidade de gênero em economias emergentes, em parceria com a RockCreek, empresa de gerenciamento de investimentos, e com a IFC (International Finance Corporation), instituição do Banco Mundial dedicada à promoção do desenvolvimento econômico. A consultoria também ouviu 550 profissionais atuantes em empresas do segmento em mercados emergentes e desenvolvidos.
O relatório Moving Toward Gender Balance In Private Equity And Venture Capital também mostra que o equilíbrio entre os gêneros impacta positivamente nos negócios. Os fundos com mais equidade nas posições de lideranças, têm um desempenho 20% superior na comparação com as demais empresas do setor sem práticas semelhantes.
De acordo com o relatório, 62% dos entrevistados acreditam que aumentar a diversidade das lideranças seniores potencializa o retorno para as empresas. Isso ocorre porque para 86% há uma melhora na tomada de decisões, e para 61% há um aprimoramento da gestão. Já 60% acredita que a diversidade de lideranças potencializa o atendimento aos diversos perfis de clientes.
O estudo também mostra que apesar da diversidade de gênero ser importante ou prioridade para 65% dos acionistas (Limited Partners - LPs) dos fundos de private equity e venture capital, apenas 30% dos acionistas e administradores (General Partners - GPs) experimentam essas práticas em suas respectivas empresas.
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